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blogue do Mestrado em Planeamento Regional e Urbano da Universidade de Aveiro
CRÓNICA D.A. #03
Frederico Moura e Sá (fredericomsa@ua.pt)
Os centros tradicionais das cidades foram ao longo das últimas décadas perdendo alguma importância. Genericamente, este fenómeno foi particularmente motivado pelo aparecimento de novas centralidades periféricas (cuja competitividade é assegurada sobretudo por níveis superiores de acessibilidade motorizada).
Curiosamente, no centro de Aveiro, este fenómeno não ocorreu da mesma forma, ou pelo menos, não com a mesma intensidade. Isto porque foram surgindo dinâmicas positivas de revitalização que vieram contribuir para o reforço do centro no quadro da cidade alargada. Na verdade, tratou-se de um processo iniciado no final da década de noventa, de afirmação de um “novo centro”, mais alargado (no "arco": Canal do Côjo, Fórum, Praça da República, Rossio e zona da Praça do Peixe), que foi decisivo para o ajustamento do centro às novas dinâmicas de crescimento urbano (associadas em particular à afirmação da Universidade, do turismo e de um novo terciário).
O mais peculiar é que toda esta dinâmica aconteceu deixando de parte os dois elementos que constituem o “ponto nevrálgico” da cidade: a Ponte Praça e o topo poente da Avenida. Apesar do alargado consenso em torno do seu valor estruturante na organização e no funcionamento da cidade, o que se verifica é que estes dois espaços estão em declínio. Na verdade, ao não acompanharem as dinâmicas de transformação e de mudança dos espaços envolventes, estes espaços (pela indefinição do seu papel no novo contexto urbano) constituem hoje uma forte contingência à estruturação e dinamização de todo o centro de Aveiro.
Neste sentido, e ainda que seja necessária melhor articulação com a estrutura urbana e ecológica envolvente (em particular, com a Ria), a afirmação plena do centro de Aveiro, está sobretudo dependente da capacidade de inverter a tendência degenerativa e de perda que marca a Ponte Praça e o topo poente da Avenida. Eles constituem o “centro do centro”, e a sua qualificação é essencial pelo seu valor estruturante, simbólico e funcional, mas também porque assegurará a necessária consolidação e colmatação de todo o espaço central da cidade.
Importa ainda sublinhar que o desenho de uma estratégia alargada de regeneração urbana para o centro de Aveiro exige abordagens complementares que, em síntese, devem promover:
CONCURSO DE IDEIAS PARA A ‘REGENERAÇÃO DO CENTRO DA CIDADE DE AVEIRO: AVENIDA LOURENÇO PEIXINHO, BEIRA-MAR E ROSSIO’ - 5 DE MAIO DE 2010 (QUARTA-FEIRA)
1.º Programa Intensivo organizado pelo Mestrado ‘Planeamento Regional e Urbano’ da Universidade de Aveiro [dirigido (preferencialmente) a alunos finalistas do 1.º ciclo do ensino superior]
Mais informações: http://planeamentoregionaleurbano.blogs.sapo.pt/
Provas académicas
Estão agendadas para o dia 30 de Março, às 14h30, na Sala de Actos Académicos, as Provas de Mestrado em Planeamento do Território – Inovação e Políticas do Desenvolvimento de João Manuel da Cruz Tavares. A sua dissertação aborda o «Planeamento territorial e a aplicação de banda desenhada à participação pública».
notícia http://uaonline.ua.pt/event.asp?lg=pt&e=11600&te=21
No dia 6 de Abril, às 14h00, Renata Filipe Carvalho Lopes presta as suas Provas de Mestrado em Planeamento do Território – Ordenamento da Cidade na Sala de Seminários da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas. A sua dissertação tem como tema a «Transformação do uso do solo nos urbano em áreas litorais do Continente».
notícia http://uaonline.ua.pt/event.asp?e=11639
Mestrado em Planeamento Regional e Urbano promove concurso de ideias
O 1º Programa Intensivo organizado pelo Mestrado em Planeamento Regional e Urbano da UA vai realizar, a 5 de Maio, um concurso de ideias subordinado ao tema “Avenida Lourenço Peixinho, Beira Mar e Rossio – Que futuro?”